Beleza Natural
Isaurinda baltazar
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Isaurinda baltazar
Isaurinda baltazar
Nos trilhos do pastor, iluminado com as estrelas.
No despontar de um novo amanhecer.
Por entre vales e montes, nas pegadas do pastor.
Encontrei risos e choro, alegria e tristeza.
Encontrei sonhos derramados no chão.
Encontrei uma vida, desgastada por o frio e por o calor.
Encontrei nos trilhos do pastor, uma vida em cada estação, uma vida empurrada pela fé.
Só quer alimentar os seus animais, e é neste tempo, que descansa.
E vê extasiado o olhar que lhe lançam, como dizendo " obrigado ".
Nos trilhos do pastor, existe uma força maior, que o sustém.
Existe a essência da natureza.
Nos trilhos do pastor, é o mistério que o acompanha.
Nos trilhos do pastor, cada dia é único.
Nos trilhos do pastor, existe magia no silêncio.
Isaurinda baltazar
Naquele dia, peguei no atilho mas não chegou, prantei mais um baraso, encontrei uma chapada, difícil de subir. Peguei num bordão, e senti que estava tanta calma, que queimava a pele.
Veio o zanganilho, e logo atrás o espojinho. Tive de fugir por uma vereda, e fui dar a um barranco, passei a pinguela, para o outro lado, e fiquei em cima da barreira um cadinho. Voltei à vereda e fiquei enliada nos tanganhos.
Perdi o atilho e o barasinho no meio, deste desnorteamento, apoquentada, tinha um chapéu, e derepente começou a chover, metade do chapéu molhado, e outra metade enxuta.
Com a chuva passou a calma.
E corri ladeira abaixo, cheguei escalfada, sem trambelho para saber onde estava.
Olhei a casa e disse: Calhabo é aquilo!
Tão desnorteada pensei, ou os astros abaixaram, ou a terra levantou.
Valha-me Deus que eu não sei onde estou!
Agora seria assim.
Valha-me Deus que eu não sei onde estou.
Ou os astros abaixaram, ou a terra levantou.
Olhei a casa e admirada, pensei voltar atrás, no caminho onde o sol estava quente.
Já mais calma comecei a andar.
Desci o monte, passei a ponte pequena de madeira no riacho.
E encontrei a corda e o cordel, passei por a lenha no meio do caminho estreito.
O vento mais forte, acalmou o calor.
No caminho, a encosta ficou com o ramo, que serviu de bordão.
E assim naquela dia, deixei a corda e o cordel no lugar deles.
E voltei a casa.
Isaurinda baltazar
A ti que vives em mim pergunto?
Vivo perseguida pelas palavras.
Vivo no meio de esperanças, lutas e batalhas, que travo sozinha.
Muitas vezes procuro não sei o quê, e não sei onde.
Vida de coisas não feitas, não ditas.
Vida âncorada ao sonho.
Vida de um poema escondido no olhar.
Poema que vê com lanternas, a cor do escuro.
Poema que quer me ler, mas ainda não me está lendo.
A ti que vives em mim, vive uma vida tranquila.
No embalo dos dias, sereno no poder divino do criador.
Assim tu e eu estaremos em sintonia.
No destino que é nosso.
Isaurinda baltazar
Que fascinante e oculta, és na tua sombra.
Que perfeita és, no teu propósito maior.
Grande no teu viver.
Renasces a cada estação.
Tuas raízes, respiram na terra.
Que perfeita és no esplendor, sereno das estações.
No rio entre nuvens, sol e lua.
Vives fascinante, na brisa suave, no sussurro do espírito da natureza.
Árvore oculta, onde os anjos repousam.
Árvore oculta, onde a terra respira.
Assim vives na linha do tempo.
Árvore oculta, árvores que são poemas.
Que a terra escreve no céu.
Transformadas em papel, para registarmos o nosso vazio.
Isaurinda baltazar
Isaurinda baltazar
Isaurinda baltazar
Isaurinda baltazar
Eu sei que sempre voltas.
Para as minhas águas puras, transparentes como cristal.
Sei que repousas e sonhas acordada.
Ao som do vai e vem das ondas.
Quando precisas de renovar as tuas forças.
Vens até mim, onde mora a tranquilidade.
Nas minhas águas serenas.
É em mim o encontro da paz.
Lavas a tua alma, numa passagem serena.
Na tua ausência, fico a contar as estrelas.
E viajo na lua.
E espero por ti, onde serei sempre outro.
As minhas águas, nunca são as mesmas.
E entre as dunas, beijo as pedras ao luar.
Espero-te, na dança divina dos dias, e das noites.
Eu sei que sempre voltas.
Porque tu és única.
Isaurinda baltazar
Era uma vez... Dois camelos, a descansar debaixo de uma árvore fresquinha.
Então, eram mãe e filho, e o filho perguntou:
Mãe porque temos, estas bolsas nas costas?
A mãe respondeu:
Sabes filho, estas bolsas servem para, armazenar água e nutientes, pois no deserto não temos comida.
Mãe porque, temos estas pestanas tão grandes?
As pestanas são grandes, para proteger os nossos olhos, da poeira do deserto.
Mãe porque, temos pernas tão altas?
Temos as pernas altas, para caminhar melhor nas areias do deserto.
Mãe, então porque estamos no Jardim zoológico?
E a mãe, sem argumentos ficou em silêncio, afinal aquele não é o lugar deles.
E você está no lugar certo?
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