Sou aquele que busca, o que ainda não encontrei.

Sou aquele que busca, o que de bom tens em ti.

Busco a tranquilidade da tua paz.

A beleza do teu espírito.

A alegria que vive em ti, abafada pelas sombras da tua alma.

Sou aquele que busca as tuas esperanças, os teus sonhos.

Sou aquele que busca em ti uma vida nova.

Busco em ti um renascimento, com a alma em paz.

Um espírito com a alegria de um novo dia.

Sou aquele que busca, a luz da tua esperança, e os sonhos sem fim.

Vasculhando gavetas, encontrei uma história que passou há vinte e tal anos, alguém se deve lembrar, do apagão provocado por uma cegonha, que deixou metade do pais no escuro.

Contrariando tudo aquilo que se pensa dos alentejanos, e devido ao apagão que deixou meio país às escuras, três alentejanas não se ficaram por meias medidas, e deitando mãos ao papel e caneta, deram voz à sua indignação, inventando a seguinte letra:

 Senhora cegonha, no bico um fusível.

Pôs o País às escuras parece impossível.

Olhem a cegonha, que já lá vêm ela, deixou-nos às escuras não vimos a novela.

Senhora cegonha, veja se têm juízo, esta brincadeira só deu prejuízo, ficamos às cegas, andamos ao apalpao, mas que bela noite foi a do apagão.

O amor desperta a alma.

O teu amor ilumina a minha vida.

O amor que sinto em ti, é grande e poderoso.

Desperta a alma.

O amor do teu abraço.

O teu amor dá luz ao meu espírito.

O teu amor chega quando mais preciso de ti.

O teu amor é a minha força.

O teu amor é vida.

Sempre haverá tempo.

Tempo para semear.

Tempo para colher.

Tempo para rir.

E tempo para amar.

Sempre haverá tempo, para viver a vida.

Tempo para admirar o melhor de ti.

Tempo para te escolheres a ti.

Tempo para seres feliz.

Tempo para amar e seres amado.

E sempre haverá tempo para agradeceres o que és, e como és.

O tempo sempre te dará tempo.

Homenagem póstuma a Manuel Mestre, quadras dedicadas ao meu pai, à volta de 20 anos atrás.

Dedicada em sua memória. Dois grandes amigos.

O lelicha " apelido " andou aborrecido com a avaria da carrinha, dois dias de posse dela, sem saber o que ela tinha.

Quando para ele olhava, viu-o sempre todo untado, com o cabelo alvoracado, e ele não sabia o que se passava.

Era a embriagem que não trabalhava.

Porque tinha um tubo torcido, ele é que o tinha metido, mas não era assim, como ele fez, por isso dois dias ou três, o lelicha andou aborrecido.

É um mecânico abandalhado, a oficina é no meio da rua, e cada vez que actua trabalha sempre deitado.

Há chaves por todo o lado, da mais pequena há maiorzinha, eu não sabia  que ele tinha aquele modo de trabalhar, mas ele custou a dar com a avaria da carrinha.

E assim lá estava sem saber o que ela tinha.

Vivem duas loucas, numa casa.

A saudade e a esperança.

E as duas vivem, na casa do presente.

Nos dias que a saudade desperta, anda vagueando pela casa, olhando as paredes, sentindo os cheiros.

Até ficar parada na neblina do tempo.

A esperança acorda devagar, e sonha um sonho sem fim.

Fica olhando as estrelas.

Com um sorriso que abraça o mundo.

São duas loucas, que deviam morar separadas.

A saudade na casa do passado.

E a esperança na casa do futuro.

O presente, bem ele nunca está em casa.

É triste que em pleno século 21, muita gente tenha mentalidade, do século 19.

As diferenças são acentuadas cada dia mais. Num mundo multicultural, onde se luta pelos direitos humanos.

As pessoas fazem distinção entre a alta sociedade, e o povo em geral, a quem chamam de rasca.

Mas é a rasca que aguenta, e dá valor ao País e aos seus artistas.

Ouvi esta frase num programa esta tarde, e fiquei perplexa.

" Havia muita gente da alta sociedade, até à mais rasca. "